tag:blogger.com,1999:blog-31793148784396840332024-02-06T18:46:29.652-08:00A vida e a poesiaUnknownnoreply@blogger.comBlogger153125tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-87145004502343318832020-07-12T05:30:00.004-07:002020-07-12T05:45:30.739-07:00Perguntas <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
Na vida, há muito mais perguntas , daquelas que nem o eco responde. E, nem assim, a beleza do caminho é abafada.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-53868917988132213842020-07-12T04:29:00.001-07:002020-07-12T04:29:14.935-07:00Lua em Júpiter<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Enxugou o rosto e se olhou tão desvairada, deslavada, agressiva.<br />
<br />
Enrustida, achou melhor não ser mais ninguém- Talvez até uma coisa ou mulher efêmera, obra de desastre, tragédia iminente, fazendo suspense numa noite de Lua em Júpiter.<br />
<br />
Mentiu tão ensimesmada, virou atriz de quinta, sentada no bar da esquina feito senhora da contramão,. Então, sem sem mais nem menos, ela lhe desobedece mais uma vez e culpas as luas. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-81810738431189887352020-07-12T04:15:00.001-07:002020-07-12T04:15:41.881-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-4116328064923823412020-07-12T04:11:00.002-07:002020-07-12T04:11:36.020-07:00Devora-me<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
A arte nos devora. O alheio, de repente, mostra o seu mundo e torna-se nosso, é contratransferência e impulso de vida.<br />
<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-84205853733866030962020-07-11T09:57:00.001-07:002021-10-25T08:03:58.502-07:00Desejar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
Desejo a nós um amor espalmado de véu de noiva, o sorriso dos tontos,<br />
a vida placentária germinando, o reinício em cada pó das estrelas. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-59999814257240433062020-05-09T14:43:00.003-07:002021-10-25T08:37:41.558-07:00Eu tenho tempo...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div>
</div>
<br />
<div>
<strong>Eu tempo um tempo desfiado de escadas e etapas , porque minha prioridade é ter tempo para o impensável - e eu sei que tenho este luxo.</strong></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-17216376354280860462020-02-11T09:40:00.004-08:002020-02-11T09:40:48.366-08:00O canto da esquina <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;">Naquela mesma esquina, o ângulo exato de um canto, a sombra de uma nuvem, um cão branco sonolento. Parecia mais um cenário premeditado com uma rua cheia de seixos e pontos de vista, o velho da tarde jogando baralho, tomando café, ignorando as horas... E a vida fluía quase sem pressa, bastava olhar no canto agudo daquela esquina esquecida e despretensiosa. </span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-50672388185006969162020-02-10T14:32:00.002-08:002020-02-10T14:34:55.793-08:00A pianista <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">A sala estremecia de forma suntuosa com o som do piano. Este era seu confessor, aguentando, inclusive, os piores supetões conforme a emoção daquela mulher. Parecia mais um conto comum do século XIX...</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"> De vez em quando, o corpo esguio daquela senhora retraída adormecia sobre a madeira escura nobre e umas raras teclas. Geralmente, tudo terminava num sonho agitado com risos distraídos ou lágrimas concomitantes. </span></div>
<div>
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-45886883083075076812020-02-06T19:20:00.000-08:002020-02-06T19:55:02.374-08:00A esquina de Ruth<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Aquela esquina era tão bonita de se ver! Tinha uma amendoeira encurvada com uma sombra impassível, uma menina com uma boneca riscada, não por acidente, e um cão branco sonolento. </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">No céu, uma pipa multicor distante, as nuvens serrilhavam o firmamento, mas a esquina continuava definindo as ruas e a infância de Ruth. Esta conversava com a árvore, com as sombras, com os pedregulhos do calçamento e não tinha medo de besouros ou formigas. Aquela esquina abraçava a sua casa que parecia azulada ao anoitecer, um caixote de concreto cheio de estrelas no telhado e as mãos grandes do pai, assim como o risco do riso: "Saiu, enfim, da calçada"? </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">"Sim, papai, mas aquele canto é meu"! Retrucou a menina lépida e decidida de cinco anos, deixando sua boneca para lá dormir, feito vigia de um lugar mágico, encostada na amendoeira cheia de besouros brilhantes. </span><span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-47239082386952256082020-02-06T17:30:00.003-08:002020-07-12T04:13:19.938-07:00Era preciso parar ... <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<br /></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"><br /></span>
<br />
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Eu me reconforto com gritos e risos das crianças no recreio. Aquilo refrescava a minha alma numa tarde azul de calor. Aquela tarde era mesmo demorada, os olhos mereciam reparar mais no lírio bem no canto do muro, na ausência de nuvens e no amor que assomava no peito. Eu só estava feliz de ver as infâncias, de acompanhar minha velhice, amigos enrugados, admirar a paz de espírito de uma grama verde.</span></div>
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Era preciso parar aquele dia- as infâncias, as crianças, os velhos, a grama, o lírio. Mas o relógio de parede do colégio continuava girando, assim como meus pensamentos e as melhores cirandas. </span></div>
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<br /></div>
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">E tudo se fez belo e encaixado, justamente porque tinha uma determinada hora para terminar, a hora de um segundo derradeiro, onde toda beleza se encerra, onde as pequenas mortes são anunciadas... </span></div>
<span style="background-color: white; font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">
</span><br />
<div style="font-family: ".SF UI Text"; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-70738852337791421822017-06-27T05:04:00.001-07:002017-06-27T05:04:00.395-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-63570552253289143272015-07-29T17:52:00.002-07:002020-08-16T09:49:02.111-07:00Meio- dia, Teresina<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
E como doía o encontro no meio- dia! E isso era hora?<br />
Doía , pois o sol encostava no teto da nuvem e no dorso seco da pele, nada meio de leve... Queimava tudo da beira ao centro, a luz num forte laranja de cego ,e os corpos cheirando a fuligem -Um sol estrelado sem alma, esparramado e de cactos emplastrado, numa cidade forte entre rios.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-52469300593219943612015-07-29T16:44:00.000-07:002020-07-18T19:21:18.138-07:00Paciência<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Eu queria as certezas que aquietam a alma, as resoluções findas, os frutos maduros. Um tantinho da paciência da lua e do sol, da insistência das horas, olhar devagar dos mais velhos. Preciso de menos pressa, de menos retas, mais curvas, preciso de que o mundo até se acabe, e que ninguém morra por isso.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-83742485699555207942015-07-29T15:59:00.003-07:002019-08-19T09:54:02.075-07:00Tudo para Confundir<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Na realidade, sou escrava de toda espécie de beleza, se até mesmo a feiura disforme me encanta, pois é criação premeditada - tudo para confundir o olhar dos homens e provocar o seu espírito. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-79069489137899709462015-07-29T15:54:00.003-07:002015-07-29T15:54:39.917-07:00A Cadeira Verde<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
O fato é que o tempo, aquele que faz novos dias e noites, não poupou sequer o menino Renato. Ele gostava de se balançar na sua cadeira rústica de madeira, pintada de verde, com poucas frestas laterais, balbuciando um acalanto ... Mas quando tentou correr atrás do seu bubu, ficou entalado na cadeira. Não conseguia sair, começava a suar de agonia, resmungou alto, mas a mamãe chegou a tempo e o retirou com delicadeza...<br />
No outro dia, ganhou um carro verde espaçoso, cheiroso, cheio de um sintético plástico e de botões barulhentos e coloridos, fora umas alavancas secretas... Mas Renato pensou- "Como me balançarei? "Resolveu acelerar e frear quase que simultaneamente, vivia de sacudidas e gritinhos histéricos, mas ainda musicais. <br />
É, estava crescendo; até a cadeirinha do menino assistia , incrédula, à sua transformação- O relógio do celular adora transformar crianças em homens e mulheres; mulheres e homens, em velhinhos ...<br />
Só lembrando vocês que Dona Rosa doou até alguns brinquedos semana passada, porém a cadeirinha continua em casa. Ela prometeu que esta serviria aos seus netos...<br />
O tempo continuou brincando de pega-pega, e o final vocês já sabem- Todos os filhos de Renato abandonaram a cadeira por um carrinho, jogo ou por uma boneca nova, mas tudo bem... O importante é que a cadeira continua lá e, por sinal, bem verdinha... Parecia que a danada tinha nascido ontem! </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-86564862940555047402015-07-29T15:46:00.002-07:002015-07-29T15:46:54.639-07:00Melancia (conto infantil)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Aquela melancia vermelha, gelada e tão doce, só o meu pai sabia escolher. Eu não sei se era pela aura da infância naquelas manhãs azuis, mas papai era uma espécie de agricultor mágico. E todas as melhores frutas chegavam à nossa casa com o gosto exato para aquela ocasião. Talvez fosse amor demais, ou até a fome assanhada de meninos lépidos. Lembrei! E como a barriga roncava! Diziam que era muita lombriga lá dentrão... Eca! E nem me diga mais nada, não! Senão, a melancia ficará ainda mais vermelha de vergonha, e o papai mandará todo mundo calçar os chinelos e tomar remédio para verme...</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-25868294891171612152014-09-08T10:42:00.004-07:002019-08-07T10:43:30.880-07:00Qualquer coisa...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sou feliz onde ninguém imagina, meu estado é qualquer lugar, e todo canto vira beira , ponta aguda, obtusa ou absurda. Qualquer coisa...</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-26718435476544195022014-08-31T05:46:00.003-07:002020-07-13T19:41:14.689-07:00Sonhadores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
Ah, você sonha demais, hein?<br />
<br />
Existe algum limite para esta e certas coisas?<br />
Não se sabe, mas dizem que não há cura para os alienados de propósito- os sonhadores de livros e de fato.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-69025869244901505342014-03-08T22:27:00.000-08:002020-07-24T18:46:07.352-07:00Algumas maravilhas da vida...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Acho tudo grande demais- A resposta impensada da menina, os ventos alísios desarrumadores de cabelos , a lua que vira meia- aliança, o riso que rodeia uma mesa. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-59161228398113057982014-03-08T22:22:00.003-08:002020-07-10T14:47:13.742-07:00Devora-me<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A arte nos devora. O alheio, de repente, mostra o seu mundo e torna- se nosso , é contratransferência e impulso de vida.<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-47031504713543674572014-02-06T06:35:00.004-08:002014-02-06T06:35:35.259-08:00Ilusões Virgens<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Em mim, ainda vivem belas ilusões virgens, como se o mundo não inventasse finais, como se a morte não bloqueasse o fôlego, como se o ódio nada destruísse. Eu falo também de amores deitados no meu peito... E isto é o bastante para explicar por que certas esperanças nunca se esgotam, por que as coisas boas sempre permanecem como restantes, se há mesmo legados intocáveis e belos , beirando o inexplicável, pois nenhum tipo de fel os atinge.<br />
Creio que alguma alma infantil ainda sobrevive bem dentro da gente, vingando- se com sonhos e todo tipo de amor necessário ou ridículo. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-45262373204493961012014-01-03T15:28:00.001-08:002020-02-22T12:50:38.184-08:00Amarelo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Sim, a luz amarela em frente àquela casa enfeitava a rua, pois a casa se tornava também amarela. Parecia mesmo de boneca. Tudo, logicamente, por causa da luz. E eu me apaixonei por aquela rua, espiei o ângulo da esquina, caí no conto da cor, porque a minha retina reconheceu o singelo- o amarelo. E aquilo tudo pareceu tao meu, que já me pertencia, inclusive aquela casa de contos da infância. Não sei o que minha percepção veio fazer, mas amei o amarelo como se o visse bem devagarinho: A-MA-RE-LO. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-63502346997226233512013-11-17T09:25:00.003-08:002013-11-17T09:26:35.500-08:00O sono de Luana<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Enquanto os fios de seda rasgam nuvens, o céu azula num profundo, e a menina dorme sem sentir que a noite enegreceu... E nem gemeu, não abriu os olhos, , apertou a sua boneca com força e dormiu de ladinho... E a noite parda agradeceu... Luana nem teve medo do escuro, apenas sorria- estava sonhando com coisas cheias de cores, coisas pequenas, grandes e secretas das infâncias, inclusive com estrelas azuis da noite. A lua ,daí por diante, aprendeu a lição- anda lentamente e na pontinha dos pés .... Tudo porque tropeçou desajeitadamente sobre uma estrela ,e Luana acordou chorando com o estrondo da bolota... Um horror ! Ninguém do céu noturno terá pressa enquanto a menina dormir... Boa noite! Noite boa e longa de criança, sem lágrimas ou medo, Luana .</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-80678161213151040762013-10-22T13:30:00.001-07:002013-10-22T13:30:18.493-07:00Tardes (Crônica)
A tarde ensaia ser a mesma- nem perfeita ou tão insatisfeita. Já acostumada a ser coluna do meio entre as manhãs e noites, flui acomodada, desatenta, parece que deseja entregar - se à noite com pressa.
Os vergéis ficam alaranjados, a menina resfolega e transpira, o cão branco dorme... A tarde nao se esforça, parece mais com as redes sob coqueirais, fatiga o homem do campo, esnoba o da cidade.
A tarde cai num estou nem aí, o sol que me deixe, que a lua me penetre e as estrelas me empolem... Num tchau , despede- se dispersa, desidiosa, mas não mais que os homens ansiosos pela espera da noite. Ah, os homens! Não cansam de suas esperas e sonhos! E já se fez tarde...
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3179314878439684033.post-61864521145228333192013-10-19T12:20:00.000-07:002020-05-11T19:02:39.248-07:00A Vinícius<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Durmo no leito das tardes de Vinicius sob um vento branco de praia, onde a palavra se faz melodia, pois são coisas tão boas, algumas antigas demais num Vinicius de novo em mim.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0