sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Não tenho pressa...


Gosto da leveza das plumas, dos ventos inesperados, quaisquer  restos de vida flutuando como os dentes-de-leão ao acariciar os vergéis... 




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Hálito de Deus


A música é o próprio hálito de Deus.

domingo, 27 de novembro de 2011

A indiferença e o necessitado...


Pedra dura, diamante, desencanto do hoje , e neste instante eu te condeno ao veneno que tu me causas- indiferença, que diferença faz?


E tu morres de fome, de frio, sem brio, vazio, pedra dura, de esquina, e ninguém imagina- tu ainda vives , és gente , urgente de tudo , até  tu urges indiferente ...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bajulação e o autêntico


A falsidade usa a bajulação como arma ; já a autenticidade, o elogio como um grande incentivador da humanidade.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Grito da natureza


E o céu azul tocava na flor vermelha...E o único espectador era aquele muro branco, calado, e a natureza gritava em silêncio...

sábado, 29 de outubro de 2011

Colégio Diocesano ( Foto by Advogado Rodrigo Mesquita)




A escada marrom, meio sombra de luz e tons exatos de quem ainda pisa forte. Alunos e sapatos, inexatos anos- colégio Diocesano.

domingo, 23 de outubro de 2011

Poemeto


Poemeto é para alma de criança destemida. É pequeno, poema  num jeito azul,  sob música na praça - coreto.

sábado, 24 de setembro de 2011

Pleonasmo ( Desenho by Luana Aguiar )


Eu rebusco minhas buscas de novo, sou este pleonasmo velho, querendo ser outro- again, again, de novo... Será que termina no fim?

...Feito gente de nascença

 A poesia veio mesmo para contar, e não revolucionar na diferença, chegando simples, mais do mesmo, feito gente de nascença.

domingo, 31 de julho de 2011

...E a palavra me veste









A palavra me veste de nua o ano inteiro.




quarta-feira, 20 de julho de 2011

Inteiro




Sou uma porção de desmantelos e remendos, mas eu me inteiro.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Tardinha



 O ardor do ceu à tardinha, laranja, feito lava incandescente e ligeira...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desconhecendo...


Continuo me desconhecendo e, se eu cair em mim, toquem os sinos dos campanários, corram pelas ruas e gritem : -É ela, a mesma que se vê no espelho de casa...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sombra


A sombra da tarde me dá saudade...Nao sei por que, não sei de que, uma nostalgia desocupada e sempre deitada na alma. 

domingo, 20 de março de 2011

Eu me feri ( poesia de 10 de 2006)


Eu me enganei como criança e me feri entre palavras mal-amadas.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Criança espancada


A criança parecia um retalho, tremia hesitante, mais um Picasso descuidado, tristes matizes de vermelho e roxo.


A mão que a protegia virou fúria de quem mata, e a criança machucada machuca, de longe, quem a vê - triste, cicatrizes em riste.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coceirinha


A alegria é aquela coceirinha boa que dá na alma.

Alma inesgotável


Eu me assusto, de vez em quando, com coisas que ainda não tinha reparado, se cada ângulo do olhar é alma inesgotável.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Percebeu?




É bem o que se sucedeu- o amor, de tão grande, pode parecer pequeno, como quem, sob a chuva, encolheu...Percebeu?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Luana ( Ao niver de minha filha)

Luana é flor rosada de oito pétalas, oito velas, oito anos, sal e luz , menina amada, cheia de perfume, estrelinha sorridente da minha branca janela.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Amor autenticado


O amor não é autenticado feito documento em cartório, mas é coisa de fé, é pelo gosto que se tem na boca e no pensar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mariposas


Ah, as mariposas das chuvas, da busca da luz, de Guimarães Rosa, rondando espaços, à espera de algo - O que querem, afinal, as mariposas? Decerto, curiar feito criança, espreitando o bicho-homem no clarão das lâmpadas, fingindo ter frio e medo do escuro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Libélula ( Vi uma libélula sob a chuva de hoje...E ela brilhava...)



A libélula, cheia d´água no vento, tão apressada num brilho, um quê  de véu prateado, virando noiva na chuva.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Som do meu calado


Eu não tenho mais palavras, mas apenas o silêncio tocando a alma, se os fonemas se renderam , se a poesia resvalou num bis, se eu disse e desdisse tudo o que bem quis; porém restou o som do meu calado: sinta-se, agora, secretamente amado.

Flores caídas



Flores caídas na calçada... Ah, foi a chuva forte e tão desastrada, foi a sua tragada rápida, aspergindo perfumes, empurrando pétalas ao longe ,desenhando a calçada na cor molhada de flor que, agorinha, a menina de rosa pisou.