Eu vivo de destamanhos- os números, o tempo e os fatos já não me definem. Talvez eu seja apenas o que minha alma implora...
domingo, 30 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Alumiada
Pedi luzes, e me deram estrelas, vagalumes e até relâmpagos. Sinto-me alumiada e cheia de sorte tanto na poesia como na vida que a cada dia se esvazia.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Janelas
Um mundo de calçadas e asfaltos, a varanda de outro prédio; a mulher, lá longe, cheia de tédio; mundos inventados, debruçados e coloridos sobre janelas metálicas, de madeiras ou vidros.
Olhos verdes de janela, desejos azuis deitados e vermelhas esperas, reflexões cansadas, histórias mal- contadas, a casa que você inventou e amou, além do pensamento ao lado, ainda quente, sob a árvore que sombreia.
Olhos verdes de janela, desejos azuis deitados e vermelhas esperas, reflexões cansadas, histórias mal- contadas, a casa que você inventou e amou, além do pensamento ao lado, ainda quente, sob a árvore que sombreia.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Eu tenho ....(Homenagem a Drummond)
Eu tenho as verdades das máquinas de ferro, dos desejos diáfanos e sinceros, das bocas sedentas...
Tenho as cores dos sóis ,de apaixonados lençóis, dos sonhos de grandes homens...
Tenho em mente o grito das infâncias, os demorados olhares da velhice, árvores e sombras...
Tenho em mim as invenções de um mundo nas Gerais, nas montanhas de um azul de Drummond, de um amor bem morrido de poesia.
Tenho as cores dos sóis ,de apaixonados lençóis, dos sonhos de grandes homens...
Tenho em mente o grito das infâncias, os demorados olhares da velhice, árvores e sombras...
Tenho em mim as invenções de um mundo nas Gerais, nas montanhas de um azul de Drummond, de um amor bem morrido de poesia.
sábado, 20 de outubro de 2012
Os giros do mundo
Deixe o vento branco e o pó partirem para algum lugar...Alguém tem que sair, algo tem de chegar.
Ninguém segura os mundos- eles não têm chaves ou gritos de ordem, giram por si, e o vento não para num fixo olhar : deixe-os, quase sem mãos, girar... E, mais de uma vez, o pó fino se assenta na paz de um chão, chegando, turbilhonando, porque nunca precisou de você.
Ninguém segura os mundos- eles não têm chaves ou gritos de ordem, giram por si, e o vento não para num fixo olhar : deixe-os, quase sem mãos, girar... E, mais de uma vez, o pó fino se assenta na paz de um chão, chegando, turbilhonando, porque nunca precisou de você.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Queria...
Eu quero uma palavra aguda que golpeia o vento da esquina, um cheiro de flor que acorda suavemente a avó do Emílio, uma nova cor que dilata a pupila da criança, um amor que cala e inunda tudo de poesia.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Encantamentos
Para que razões demais, se elas adormecem encantamentos? Nem de tudo preciso ou quero saber...Sou mesmo adepta da ignorância consciente.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Crepúsculo
Gosto do verde desmaiado da árvore quando o sol se esconde... Uma imagem sóbria, passiva, preparando-se para a reflexão do porvir noturno.
As cores ficam mais sėrias... Tudo porque o sol cumpriu o seu destino, e o amanhã já vira outra dia, de um outro verde, quem sabe na mesma árvore...Daí, talvez a quase-tristeza da cor incerta e encrespada no que se chama crepúsculo.
As cores ficam mais sėrias... Tudo porque o sol cumpriu o seu destino, e o amanhã já vira outra dia, de um outro verde, quem sabe na mesma árvore...Daí, talvez a quase-tristeza da cor incerta e encrespada no que se chama crepúsculo.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
A seca na sexta economia mundial
E o Sertão virou mar- de ossos, de carne malcheirosa, espaço aéreo de urubus... Tudo ė secura, desde os olhos até o céu , sem a dignidade no pacote, fantasia ou véu.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
A vida e o erro
Viver é achar o infinito no breve, ė um erro geométrico, matemático ou dimensional...
A vida Não ė para olhos de engenheiro, mas de poetas em vão...A vida segue no erro ; então, está mais do que certa...
A vida Não ė para olhos de engenheiro, mas de poetas em vão...A vida segue no erro ; então, está mais do que certa...
domingo, 19 de agosto de 2012
Invenção
Contando as horas a fio enquanto o dia inventado não vem, imaginando o tempo incerto da espera, envenenar- me com falsas histórias sem finais, correr pelas esquinas de ventos atrás, quebrar o ponteiro de prepotentes relógios, desdenhar tudo e somar nadas, contando peixes vivos e mortos na beira do rio.
domingo, 29 de julho de 2012
Eita vida besta, não é, Drummond? rsrs
Eita vida besta de sábado e sexta, de um domingo calado, calor escaldado, de um sono qualquer...
Eita vida estreita de um sorriso largo, do sol insistente, da nuvem passageira, de uma menina faceira...
Eita vida besta de quem escreve só para rimar, coisa antiga para explicar, gente besta sou eu- poetizando, talvez, para mais nada; e você, seu besta, que ainda me lê, hein?
Eita vida estreita de um sorriso largo, do sol insistente, da nuvem passageira, de uma menina faceira...
Eita vida besta de quem escreve só para rimar, coisa antiga para explicar, gente besta sou eu- poetizando, talvez, para mais nada; e você, seu besta, que ainda me lê, hein?
sábado, 21 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Inteligência
A inteligência humana deve ousar, servir ao outro, materializar-se em resultados.Não pode ser cretina, virando a idiotice dos vaidosos.
domingo, 24 de junho de 2012
A folha e o vento ( Haicai)
A folha verde se dobra ao vento...
E o vento sopra na folha verde- Fuuuuu...
Que só não apaga o fogo do sol.
sábado, 16 de junho de 2012
Gerúndios
Adoro gerundiar, aquela sensação viva de que estamos indo, prosseguindo, acontecendo, coisa que não para no momento. Gosto do breve, mas me apeteço pelo processo dinâmico que gosta do infinito, na esperança de que nunca se acabe- gerundiando, meu caro.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Nem aí...
Ei, preciso voltar, parar em retrocessos, deitar em contrários, não querer desejar, deixando tudo assim, inércia de mim, e que os nadas explodam na roleta do acaso.
Nem aí estou, durmo na paz de um travesseiro branco, no ócio mais acomodado, num sono forte e pesado, fadado a mim...Nem aí- não preciso de mais nada hoje...
Nem aí estou, durmo na paz de um travesseiro branco, no ócio mais acomodado, num sono forte e pesado, fadado a mim...Nem aí- não preciso de mais nada hoje...
domingo, 3 de junho de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
A tal da felicidade-lady
A felicidade dorme profundamente comigo, acorda na xícara do meu café e se senta na brisa da sala de estar, descortinando o dia.
sábado, 12 de maio de 2012
Sacuda! ( Aos descrentes de plantão, creiam!)
Sacuda o vazio e, quem sabe, venha algum tudo de que precise, algum tudo que não entenda, algum tudo que o arrebate, algum tudo que não seja nada, e que de tão simples, tudo seja, mas apenas sacuda o vazio, e que não fique assim tão frio quanto a sua própria descrença.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Ignorante
Nunca é uma palavra assustadora, absoluta, excludente, antidemocrática...Acho que nunca direi nunca...Só nestes meus poemas de sempre. Sempre também é uma hipérbole maníaca, abre as pernas para tudo que é fato, generaliza sem dó...Sempre e nunca têm o mesmo DNA, são mesmo duas irmãs prepotentes.
domingo, 6 de maio de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
Olhos de cera
Olhos de cera marrom, derretida, brilhando ao longe, sob o sol cerrado, e que olhos lindos, meu Deus!
E eu me liquefaço feito cera no fogo, ardendo, morrendo na cor absurda e, na sombra da calçada, o sol já perdeu o prumo, encantado, cintilante, meio céreo, marrom de olhos.
E eu me liquefaço feito cera no fogo, ardendo, morrendo na cor absurda e, na sombra da calçada, o sol já perdeu o prumo, encantado, cintilante, meio céreo, marrom de olhos.
terça-feira, 10 de abril de 2012
As Saudades
Existem as doidas saudades e as saudades doídas...Dizem que as últimas são uma ausência danada!
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Finais e inícios
Eu faço das cinzas, do pó laranja, da ferrugem e mofo meus quadros mais lindos.Os finais se convertem em inícios, e as sombras realçam a luz.
Gosto dos contrários e dos inevitáveis, dos bons acidentes e de falsos finais, pois tudo ainda continua, e você acha que acabou, criança? A arte são restos assustados, inclusive a de viver...
Gosto dos contrários e dos inevitáveis, dos bons acidentes e de falsos finais, pois tudo ainda continua, e você acha que acabou, criança? A arte são restos assustados, inclusive a de viver...
domingo, 25 de março de 2012
Inutilidades
A inutilidade, esta tal ferramenta de neon tão exata sobre a nossa incompletude... Você pensa tão completamente, como quem fez de um tudo, mas o próximo dia diz que não.
Não pense que acabou- você continua sendo, e o mundo indo...Com ou sem você, ele será...Mas, e aí? Nunca sentirá que a sua missão é só esta, mais uma das anedotas inquietantes da vida, pegadinha mesmo. No fundo, somos uns inúteis- úteis, se tive até tempo para pensar neste vazio da obviedade, sem mais...
sábado, 3 de março de 2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
Entulhos
Entulhos de mim no depósito do edifício ao lado...Difícil não vê-los: restos até de pele, pensamentos e de palavras não ditas...Uma multidão de ontens olhando-me de soslaio.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Moralismo
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