quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eu tenho ....(Homenagem a Drummond)

Eu tenho as verdades das máquinas de ferro, dos desejos diáfanos e sinceros, das bocas sedentas...

Tenho as cores dos sóis ,de apaixonados lençóis, dos sonhos de grandes homens...

Tenho em mente o grito das infâncias, os demorados olhares da velhice, árvores e sombras...

Tenho em mim as invenções de um mundo nas Gerais, nas montanhas de um azul de Drummond, de um amor bem morrido de poesia.

sábado, 20 de outubro de 2012

Os giros do mundo

Deixe o vento branco e o pó partirem para algum lugar...Alguém tem que sair, algo tem de chegar.

Ninguém segura os mundos- eles não têm chaves ou gritos de ordem, giram por si, e o vento não para num fixo olhar : deixe-os, quase sem mãos,  girar... E, mais de uma vez, o pó fino se assenta na paz de um chão, chegando, turbilhonando, porque nunca precisou de você.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Queria...

Eu quero uma palavra aguda que golpeia o vento da esquina, um cheiro de flor que acorda suavemente a avó do Emílio, uma nova cor que dilata a pupila da criança, um amor que cala e inunda tudo de poesia.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Encantamentos

Para que razões demais, se elas adormecem encantamentos? Nem de tudo preciso ou quero saber...Sou mesmo adepta da ignorância consciente.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Crepúsculo

Gosto do verde desmaiado da árvore quando o sol se esconde... Uma imagem sóbria, passiva, preparando-se para a reflexão do porvir noturno.

As cores ficam mais sėrias... Tudo porque o sol cumpriu o seu destino,  e o amanhã já vira outra dia, de um outro verde, quem sabe na mesma árvore...Daí, talvez a quase-tristeza da cor incerta e encrespada no que se chama crepúsculo.